MÁRIO CESARINY (1923-2006), EURICO GONÇALVES (1932-2022). SERIGRAFIA

MÁRIO CESARINY (1923-2006), EURICO GONÇALVES (1932-2022). SERIGRAFIA
Serigrafia. Assinada e numerada 5/200.
Dim. Aprox: Mancha: 75x53 cm; Moldura: 116x90 cm.
Mário Cesariny (1923-2006)
Mário Cesariny de Vasconcelos (1923-2006), conhecido como Mário Cesariny, nasceu e faleceu em Lisboa. Estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio, com o intuito de ser cinzelador, área a que se dedicava a sua família. Inscreveu-se num curso de habilitação a Arquiteto, na Escola de Belas-Artes de Lisboa, da qual não existem certezas se terá frequentado o primeiro ano, e estudou música, tocando piano. A sua inclinação para as belas-artes e contacto com amigos nas tertúlias dos cafés de lisboa, ligadas às novas vanguardas, fizeram com que se tornasse bolseiro e frequentasse a Académie de la Grande Chaumière, em 1947. Quando abandona Paris, traz consigo novas ideias e ligações, nomeadamente com o surrealismo que surgia na cidade. Impulsiona, por isso, em Lisboa, a criação do Grupo Surrealista de Lisboa, sendo considerado um dos principais representantes do surrealismo português. Mais tarde, fundou o grupo os Surrealistas. Na década de 50, começou a dedicar-se à escrita de poesia, que aliava à produção pictórica. Em 1964, recebeu uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian para a escrita de um livro sobre Vieira da Silva, ao mesmo tempo que era perseguido pela PIDE, devido a ser suspeito de "vagabundagem" e pelos rumores da sua homossexualidade. Esta bolsa fez com que pudesse passar várias temporadas em Londres, entre os anos de 1964 e 1969. Doou, em vida, o seu espólio à Fundação Cupertino de Miranda. Foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade de Portugal, em 2005.
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Eurico Gonçalves (1932-2022)
Eurico Manuel de Melo Gonçalves (1932-2022), conhecido como Eurico Gonçalves, nasceu em Penafiel e faleceu em Lisboa. Artista autodidata, explorou os princípios do surrealismo a partir de 1949. Foi pintor, professor e crítico de arte. Começou a escrita e ilustração de poemas e textos, a partir de 1950, onde explorava as várias formas vanguardistas que surgiam na arte. Entre 1966 e 1967, foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, em Paris, na Universidade de Sorbonne. Explorou a estética surrealista e dadaísta, criando a estética que designou como “Dadá-Zen”. Fez parte do corpo diretivo da Sociedade Nacional de Belas Artes, entre 1972 e 1992. Entre os seus prémios e reconhecimentos, encontra-se o Prémio Almada Negreiros (1998) e o Grande Prémio da Bienal de Vila Nova de Cerveira (2005).

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