Leilão 5 Parte 2 Antiguidades
Por Leiloeira Serralves
14.12.22
Rua Serralves, 1080/1084, Lordelo do Ouro, 4150-705 Porto, Portugal
O leilão terminou

LOTE 662:

ANTÓNIO CARDOSO (1932-2021)

Vendido por: €200
Preço inicial:
200
Comissão da leiloeira: 16%
IVA: 23% Sobre a comissão apenas
14.12.22 em Leiloeira Serralves
identificações:

ANTÓNIO CARDOSO (1932-2021)

SEM TÍTULO” – Acrílico sobre tela de feições geométricas e abstractizantes. Obra não assinada, mas este trabalho vem referenciado no catálogo, com o título [EVOCAÇÃO A ANTONIO CARDOSO]. Exposição realizada na “Árvore – Cooperativa de Actividades Artísticas, C.R.L. - Porto 7 Novembro 6 Outubro 2018, [Pág. 32]. Bem conservado. Trabalho com moldura lacada em tons negro.

Dim: 24x18 cm (Acrílico)

Dim: 39x33 cm (Moldura)

 

Nota: António Cardoso [Pinheiro de Carvalho] nasceu em Amarante em 1932. Concluiu o Curso do Magistério Primário em 1951. A sua formação artística iniciou-se com a frequência da Academia Alvarez (anos 50) e da Escola Superior de Belas Artes do Porto (1965-1966). A sua ligação a Amarante e ao Museu Amadeo de Souza Cardoso determina o convívio, nos anos 50, com Albano e Victor Sardoeira. Foi através dele que se realizaram em Amarante exposições de Arte Moderna, organizadas pela Galeria Alvarez e que se realizaram no Porto exposições de Amadeo de Souza Cardoso, num intercâmbio cultural que se prolongaria tempo fora. É investigador na área da história da arquitectura e da pintura, tendo publicado numerosos textos e ensaios em catálogos de exposições. Foi responsável científico de importantes exposições na cidade do Porto: Marques da Silva/Arquitecto 1896/1947 (Casa do Infante, 1986); Casa de Serralves, retracto de uma época (Casa de Serralves 1988); e Aguarelas de Marques da Silva (Instituto Marques da Silva, 2001). Tem divulgado particularmente a obra de Amadeo de Souza Cardoso, em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente através dos catálogos: Amadeo de Souza-Cardoso e o primeiro modernismo português (Fundação Juan March, 1998). Uma parte da sua obra de crítica de arte encontra-se reunida no livro: Sínteses = Arte + António Cardoso (Edições Gémeo, 2004). Foi Director do Museu Amadeo de Souza Cardoso, em Amarante, desde os anos 90 e 2013, tendo sido responsável pelo catálogo da colecção do museu, editado em 1997. Realizou exposições individuais na Galeria Divulgação, em 1967, no Porto, e no Museu Amadeo de Souza Cardoso, em 1979, em Amarante. Participou em numerosas exposições colectivas, nomeadamente, nas seguintes: Exposições anuais e itinerantes da Academia Alvarez (1955-1962); Salões dos Novíssimos (1958-1964); Salões de Arte Moderna da SNBA (1958-61); II Exposição de Artes Plásticas da FCG (1961); Claro / Escuro, SNBA (1964); XV Exposição Magna da ESBAP (1966); Exposições do Cinquentenário da morte de Amadeo de Souza Cardoso (1969); Levantamento da Arte do Século XX no Porto, MNSR e FCG (1975); [+] de 20 grupos e episódios do Porto do séc. XX, Galeria do Palácio (2001); 50 Anos Depois, Galeria Alvarez (2004) e Amarante em Wiesloch, Alemanha (2004). Recebeu o Prémio dos Críticos de Arte para a Representação Portuguesa na I Bienal de Paris, de 1959. A sua actividade profissional é vasta e invulgar, uma vez que se reparte pelas áreas do ensino, da investigação histórica e da prática artística. Embora o seu empenho na área das humanidades possa ter ofuscado a sua actividade artística, António Cardoso nunca deixou de desenhar e de pintar, sendo certo que esta prática continuada que manteve foi, a partir de certa altura, menos divulgada do que o seu trabalho de professor universitário. Uma edição da Universidade do Porto celebrou a sua dimensão artística através do livro: 20 Desenhos de António Cardoso (Editora da Universidade do Porto, 2006). As suas obras de pintura, desenho e gravura foram amplamente expostas e encontram-se representadas em colecções particulares, na Fundação Calouste Gulbenkian e no Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, em Amarante, onde, de resto, a sua intervenção foi crucial. Viajou, conviveu, ensinou. Lutou pela defesa do património, em particular o amarantino. Homem culto, coleccionador atento e comunicador de excelência, influenciou várias gerações de alunos que ajudou a formar, da Telescola à FLUP, de onde viria a jubilar-se em 2002. Ref. Biog. Dicionário de Pintores e Escultores Portugueses. [pág. 36] // Michael Tannock. [pág. 36-37].