ANTÓNIO CARNEIRO (1872-1930)

ANTÓNIO CARNEIRO (1872-1930)

“PAISAGEM RURAL” – Aguarela sobre papel, representando vista de casario, ladeados por muro empedrado e vegetação exuberante. Obra assinada no canto inferior direito [António Carneiro]. Aguarela bem conservada. Trabalho com moldura em madeira dourada.

Dim: 16,8x24,2 cm (aguarela)

Dim: 41,7x47,9 cm (Moldura)

 

Nota: António Teixeira Carneiro Júnior – Notável pintor dos séculos XIX e XX. Nasceu a 16 de Setembro de 1872 em S. Gonçalo de Amarante e faleceu a 31 de Março de 1930 no Porto. Em 1884 frequentou a Academia Portuense de Belas Artes e em 1896 terminou o curso de Pintura de História, com a classificação final de dezoito valores. Discípulo de João Correia, Marques de Oliveira, Jean-Paul Laurens e Benjamin Constant. É um dos nomes maiores da pintura e do desenho em Portugal, na transição do decadentismo da arte finissecular para a experimentação modernista. A criação frenética de paisagens e auto-retratos, cenários religiosos e históricos, em centenas de óleos, sanguíneas e aguarelas, fez-se reagindo ao naturalismo dos pares, numa aproximação invulgar à cultura simbolista. Defendendo a arte como culto do espiritual e do belo, pôs estes valores no centro da sua obra plástica e poética, duas vertentes que articulou no movimento literário d’A Águia e na Renascença Portuguesa. Cultivando uma persona profética, empenhada religiosamente na arte, o seu foco crescente na ideia de interioridade e idiossincrasia leva-o a gestos líricos, abstractos e expressionistas. A sua obra vasta foi premiada fora de fronteiras, com sucesso no Brasil, e objecto de homenagens oficiais em Portugal, inscrevendo-o na história como um dos batedores da modernidade artística lusitana. António Carneiro morreu no Porto. A Casa-Oficina António Carneiro foi aberta ao público (1973) e além da sua obra se encontrar entre os principais museus nacionais, foram-lhe dedicados espaços permanentes em várias instituições culturais regionais. Ref. Biog. Dicionário de Pintores e Escultores Portugueses. [pág.53-54-55] // Michael Tannock. [pág.39-40].