Subasta 8 Parte 1 Antiques & Works of Art
Por Leiloeira Serralves
11.12.23
Rua Serralves, 1080/1084, Lordelo do Ouro, 4150-705 Porto, Portugal
From December 4th to 9th - from 10:00h to 13:00h & from 15:00h to 20:00h
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LOTE 29:

EMENTA HUMORÍSTICA A BORDO DA NAU PORTVGAL EM 1940

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11.12.23 en Leiloeira Serralves
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EMENTA HUMORÍSTICA A BORDO DA NAU PORTVGAL EM 1940

Em papel impresso a negro, trabalho português do séc. XX. Ementa emoldurada de formato rectangular ao alto, decorada em tons de negro, tendo na parte superior uma vinheta com a “NAU PORTVGAL”, dentro de círculo oval, ladeada por putis e volutas. Por baixo a seguinte inscrição [EMENTA AO Senhor // Madame de Gama Ochôa // A BORDO DA // NAO PORTVGAL — AS COMIDAS: Sopa à camponeza // lombos de pescada marginal // arroz à Portugueza // cabrito assado Covilhanense // salada da época // novidades de Resende — AS BEBIDAS: Branco “Borges Lavradio” — RIO TEJO; BELEM; M. CM. XL]. Exemplar em bom estado de conservação para a época e suporte de suspensão do verso em tecido a necessitar de ser substituído. CURIOSA EMENTA HUMORÍSTICA DA ÉPOCA DA EXPOSIÇÃO DO MUNDO PORTUGUÊS EM 1940.

Dim: 29,2x15,2 cm

 

Nota: {A NAU PORTUGAL} – Foi construída para figurar na Exposição do Mundo Português em 1940. A iniciativa da sua construção e a direcção geral dos trabalhos deveram-se ao artista Leitão de Barros, tendo sido os estudos arqueológicos necessários para a sua reconstituição da autoria de Martins Barata. Ao comandante Quirino da Fonseca competiam os cálculos para que a nau pudesse navegar, mas não os chegou a fazer pois entretanto morreu. A construção foi efectuada nos estaleiros Mónica, de Mestre Manuel Maria Bolais Mónica, na Gafanha da Nazaré, no concelho de Ílhavo, um dos estaleiros mais célebres na arte da construção naval em madeira. As suas principais dimensões e características eram as seguintes: Comprimento entre perpendiculares 42,2m; Boca máxima na linha de água, carregada 11,4m; Pontal contado do fundo da querena recta aos vaus do pavimento superior 7,5m; calados: avante 3,12m, à ré 4,52m; mastros 3; canhões 48. Bela e ricamente decorada, destinava-se a servir para exposição de produtos Portugueses tendo viajado por vários países. Foi lançada a 7 de Julho de 1940, tendo imediatamente adornado para estibordo, afundando-se parcialmente na presença dos projeccionistas, construtores, individualidades oficiais e milhares de pessoas que assistiam à festa e que acompanhavam o lançamento à água de um navio. Depois de erguida e devidamente reparada, veio para Lisboa, atracando no dia 19 no Cais da Rocha do Conde de Óbidos. A 2 de Setembro entrou na doca de Belém, finalmente integrada na Exposição do Mundo Português. Não terminaram, porém, aqui os desaires por que passou a nau; o ciclone que em 17 de Fevereiro de 1941 varreu o País encarregou-se de a fazer adornar novamente, quebrando, então os mastros. Desistiu-se de prosseguir nos esforços para a salvar e foi vendida à Companhia Colonial de Navegação que a converteu em 1942 no batelão costeiro “NAZARÉ” para transportes ao longo da costa continental. A sua reconstrução foi da responsabilidade do construtor naval Manuel Maria Bolais Mónica, da Gafanha da Nazaré. Passados cerca de 10 anos, em 1952, foi novamente vendida e desmantelada em Xabregas.