Аукцион 8 Часть 2 Antiques & Works of Art
от Leiloeira Serralves
12.12.23
Rua Serralves, 1080/1084, Lordelo do Ouro, 4150-705 Porto, Португалия
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ЛОТ 695:

MARQUES DE OLIVEIRA (1853-1927)

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MARQUES DE OLIVEIRA (1853-1927)

PAISAGEM RURAL” – Óleo sobre madeira, com vista de casario, ladeado por arvoredo e valado com pedregulhos. Obra com dedicatória e assinada no verso pelo cunho do artista [Ao Exmº Senhor Dr. (…). Off. Marques d’Oliveira]. Pintura bem conservada. Trabalho com moldura em madeira dourada e friso central em tons de branco.

Dim: 21,5x15,4 cm (Óleo)

Dim: 38,7x32,3 cm (Moldura)

 

Nota: João Marques da Silva Oliveira - Notável pintor portuense dos séculos XIX-XX. Nasceu no Porto a 23 de agosto de 1853. Começou a sua aprendizagem artística, muito novo com o mestre particular António José da Costa, matriculando-se em seguida na Academia Portuense de Belas Artes. Frequentou-a entre 1864 e 1873, terminando com bom aproveitamento o curso de Pintura Histórica. Aí teve como mestres mais marcantes Tadeu Maria de Almeida Furtado, em Desenho Histórico e João António Correia, em Pintura Histórica. Foi colega de curso de Silva Porto e com ele continuou, entre 1873 e 1879, como pensionista do Estado no estrangeiro, Marques de Oliveira na classe de Pintura Histórica, Silva Porto na de Pintura de Paisagem. Partiu para Paris no final de 1873 e em 1874 inscreveu-se na Escola Nacional de Belas Artes de Paris. Aluno de Cabanel e de Yvon, obteve boas posições em vários concursos em que participou na Escola, ganhando duas medalhas de 3ª classe e uma de 2ª. Em 1876, sempre na companhia de Silva Porto, fez visitas de estudo à Bélgica, Holanda e Inglaterra, regressando novamente a Paris. O seu pensionato no estrangeiro trouxe-lhe a nível escolar, o aperfeiçoamento dos conhecimentos técnicos. O ensino académico portuense permitiu-lhe o contacto com movimentos não oficiais, como o naturalismo de Barbizon e mesmo com o impressionismo, cuja lição, não foi totalmente absorvida, alguma influência teria na sua obra. Ligado à pintura histórica por dever de pensionato e, mais tarde, de docência, Marques de Oliveira manifestou sempre uma grande sensibilidade pela natureza e pelos estudos de paisagem, que tentou fixar em pequenas impressões. De regresso a Portugal, Marques de Oliveira foi nomeado Académico de Mérito da Academia Portuense de Belas Artes em 1879 e em 1881 substituiu interinamente Tadeu Furtado, na cadeira de Desenho Histórico, para a qual foi nomeado oficialmente a20 de setembro de 1882. Em 1895, foi transferido para a cadeira de Pintura Histórica, em substituição de João António Correia e nela se manteve até 1926. Foi ainda durante algum tempo Diretor da mesma Academia. A sua atividade como professor foi notável, levando os alunos ao contacto direto com a natureza, mas insistindo sempre na qualidade do desenho como base de qualquer obra. Marques de Oliveira deixou-nos uma vasta obra de pintura de paisagem, representando sobretudo o Norte do país, pois a sua predilecção ia para o mar (Póvoa do Varzim, Matosinhos, Aguda) e para a região minhota. Marques de Oliveira pintou também cenas de interior, onde o contraste entre o interior e o exterior e o tratamento da luz são notáveis e inovadores. Organizou, juntamente com António José da Costa, Júlio Costa e Marques Guimarães, as Exposições d’Arte, que tiveram lugar no Ateneu Comercial do Porto, entre 1887 e 1895. Em Lisboa, participou nas três últimas exposições da Sociedade Promotora de Belas Artes (1880; 1884 e 1887), ganhando nas duas primeiras, respetivamente, medalhas de 3ª e 2ª classe; nas do Grémio Artístico de 1891 a 1894, 1896 e 1898, recebeu na de 1892 uma medalha de 3ª classe; e na 1ª Exposição da Sociedade Nacional de Belas Artes, em 1901. No Porto, participou em várias exposições organizadas pelo Instituto Portuense de Estudos e Conferências e pela Sociedade de Belas Artes do Porto e em exposições colectivas variadas, de que são exemplo a da Fotografia União, em 1908, ou o Grande Certamen d'Arte, organizado pela Junta Patriótica do Norte em 1917. Marques de Oliveira morreu no Porto em 1927. Está representado no Museu Nacional de Soares dos Reis, no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, no Museu Calouste Gulbenkian, no Museu José Malhoa e sobretudo em colecções particulares. Ref. Biog. Dicionário de Pintores e Escultores Portugueses. [pág. 74, 75 e 76] // Michael Tannock. [pág. 119] com diversos trabalhos reproduzidos a cores e a negro. [Estampa Nº 6, 98 e 99].