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ANA BARAÇA (1904-2001)
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ANA BARAÇA (1904-2001)
“APITO // CAMPONÊS” – Escultura em barro de monocozedura, moldado, relevado e pintado, trabalho português do séc. XX. A figura está representada de pé em vulto perfeito, segurando com o braço e com a mão esquerda um cesto e com a direita uma sachola, apoiada sobre o ombro. Escultura assente sobre base circular, decorada por caneladuras verticais oblíquas com término em apito no verso. Decoração policroma em vários tons, pintada à mão. Assinatura incisa na base [ANA BARAÇA]. Sinais de uso.
Alt: 20,7 cm
Nota: O epíteto “Baraça” surge do casamento entre Ana Lopes Gonçalves (Ana “Baraça) e Manuel Pereira que, em solteiro, tocava viola nas romarias das aldeias, a qual decorava com baraças (tiras em tecido) que ficavam penduradas e chamavam a atenção das pessoas. Nas calças, Manuel Pereira também usava uma baraça em vez de um cinto. Ora, a alcunha “pegou” e, ligado ao nome da sua esposa Ana, tornou-se uma referência no panorama das artes e dos ofícios portugueses. Porém, a tradição barrista desta família é bem mais antiga. Filha de Manuel Valada e Luísa Lopes, memoráveis artesãos do concelho, Ana Baraça começou a acariciar o barro muito cedo, contava apenas com 7 anos. Aos 15 anos, já colocava as suas próprias criações no forno do pai. Foi com os seus trabalhos que o nome “Baraça” se catapultou para os arautos da arte popular nacional. A artesã de Galegos Santa Maria deu ao típico figurado de Barcelos uma projecção só comparável à acção de Rosa “Ramalho” e Rosa “Cota”.