LOT 1203:
EMÍLIA NADAL (1938)
more...
|
|
![]() |
Sold for: €120
Price including buyer’s premium and sales tax:
€
143.62
Start price:
€
40
Buyer's Premium: 16%
VAT: 23%
On Buyer's Premium Only
|
EMÍLIA NADAL (1938)
“AS GRANDES AMIZADES” – Aguarela sobre papel, representando jarra em forma de mão com arranjo floral, ladeado por livro com inscrição em francês “LES GRANDES AMITIÉES”. Obra assinada e datada no canto inferior direito [EMÍLIA NADAL • 73]. Trabalho com moldura em metal dourado.
Dim: 39,8x30 cm (Aguarela)
Dim: 60,5x50,7 cm (Moldura)
Nota: Emília Nadal entrou para o curso de cerâmica decorativa na Escola Artística António Arroio em 1949. Licenciou-se em Pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa em 1960. Em 1974, iniciou-se na gravura com Maria Gabriel e Ilda Reis, na Cooperativa Gravura e em 1983, frequentou um workshop de holografia na Goldsmiths’ College, da Universidade de Londres. A Esposa Ideal, Emília Nadal (1977). Exposição no Museu da Eletricidade, Lisboa. Mesmo durante a ditadura militar em Portugal, Emília cultivou o cosmopolitismo e um carácter de crítica social em seu trabalho, rompendo tabus e demais interdições. Um exemplo disso é sua série de aguarelas-guaches de 1973 contra a guerra colonial, que viria a influenciar a intervenção da artista no painel colectivo de 10 de Junho de 1974, promovido pelo Movimento Democrático de Artistas Plásticos. Além disso, sua obra criticou o consumismo capitalista e os papéis de género. Emília Nadal questionou os modelos femininos de esposa ideal instituídos pelo Estado Novo, usando linguagens e metodologias de filiação Pop Art, segundo interpretação muito própria. Na série Embalagens para Produtos Imaginários, destacam-se os trabalhos de 1977, Mulher ideal e A esposa Ideal. De um modo geral, é possível afirmar que a obra artística de Emília Nadal reflecte criticamente problemas estruturais e abrangentes da sociedade portuguesa e, nessa óptica, reconfigura o acto criativo nas suas dimensões social e política, abrindo frestas para lúcida e sensível experimentação do real. A partir de 1973 expôs individualmente em galerias e instituições culturais de Lisboa, Porto, Madrid, Paris, Coimbra, Vila Real, Évora, Silves, Funchal, Macau, Angra do Heroísmo, Ponta Delgada, Lamego e no Centro Cultural de Cascais. Participou em numerosas exposições colectivas de desenho, pintura e gravura no país e no estrangeiro. O seu trabalho está presente nas colecções do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Museu de Arte Moderna, na Colecção Berardo no Centro Cultural de Belém, na Galeria de Arte Contemporânea do Funchal; Núcleo de Arte Contemporânea Doação José-Augusto França do Museu Municipal de Tomar; na Caixa Geral de Depósitos e do Banco Comercial Português. Ref. Biog. Dicionário de Pintores e Escultores Portugueses. [pág. 191-192] // Michael Tannock. [pág. 161].

