Leilão 213 Colecção Particular de Pintura Portuguesa - Séc. XIX e XX
18.10.21
Rua Miguel Lupi, 12 A/D . 1200-725 Lisboa Portugal

Exposições:


PORTO

WOW Porto – The World of Wine – Rua do Choupelo 39,

4400-088 Vila Nova de Gaia


Horário

Quinta-feira, 7 de Outubro, entre as 18h00 e as 20h00

Sexta-feira, 8 de Outubro, a Domingo, 10 de Outubro, entre as 14h00 e as 20h00



LISBOA

Cabral Moncada Leilões - Rua Miguel Lupi 12 D, 1200-725 Lisboa


Horário

Quarta-feira, 13 de Outubro, entre as 18h00 e as 20h00

Quinta-feira, 14 de Outubro, a Domingo, 17 de Outubro, entre as 14h00 e as 20h00

Mais detalhes
O leilão terminou

LOTE 13:

AMADEO DE SOUZA-CARDOSO - 1887-1918
"Copo branco belleza dos objectos"


Preço inicial:
375 000
Preço estimado:
€375 000 - €562 500
Comissão da leiloeira: 24.6%
identificações:

"Copo branco belleza dos objectos"
AMADEO DE SOUZA-CARDOSO - 1887-1918
"Copo branco belleza dos objectos"
óleo sobre tela
assinado (1915-1916)
Dim. - 50 x 40 cm
Notas: etiqueta da Fundação Calouste Gulbenkian com o número 60, colada no verso. Reproduzida no "Catálogo Raisonné - Amadeo de Souza Cardoso - Pintura". Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2016, p. 326, nº P174. Reproduzida em BELÉM, Margarida Cunha; RAMALHO, Margarida Magalhães - "Fotobiografias Século XX - Amadeo de Souza-Cardoso". Lisboa: Círculo de Leitores, 2009, p. 174. Integrou a "Exposição de Pintura (Abstracionismo): Amadeo de Souza-Cardoso", realizada no Salão de Festas do Jardim Passos Manoel, Porto, de 1 a 12 de Novembro de 1916, encontrando-se referida no respectivo desdobrável com o nº 61. Integrou a "Exposição de Pintura: Amadeo de Souza-Cardoso", realizada na Liga Naval Portuguesa - Palácio do Calhariz, Lisboa, de 4 a 12 de Dezembro de 1916, encontrando-se referida no respectivo desdobrável com o nº 61. Integrou a exposição "Diálogos de Vanguarda", realizada na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, de 14 de Novembro de 2006 a 15 de Janeiro de 2007, encontrando-se reproduzida no respectivo catálogo. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008, s/p, nº 160. Integrou a exposição "Amadeu de Souza-Cardoso", realizada no Grand Palais, Paris, 20 de Abril a 18 de Julho de 2016, encontrando-se reproduzida no respectivo catálogo. Paris: Fundação Calouste Gulbenkian, 2016, pp. 208 e 209, cat. 154. Integrou a exposição "Amadeo de Souza-Cardoso - Porto - Lisboa - 2016 - 1916", realizada no Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto, de 1 de Novembro a 31 de Dezembro de 2016, e no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa de 12 de Janeiro a 26 de Fevereiro de 2017, encontrando-se reproduzida no respectivo catálogo. Porto: Bluebook, pp. 74 e 229, figs. 25 e 50, onde se informa constar com o título "Verre blanc ailes rouges", numa lista de títulos e medidas anotados a lápis por Amadeo. De acordo com o Catálogo Raisonné, integrou também as exposições: "Amadeo de Souza-Cardoso", realizada no Palácio Foz, Lisboa, em Maio de 1959, com o nº 125. "Amadeo de Souza-Cardoso", realizada no Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto, em Junho de 1959, com o nº 125. "Amadeo de Souza-Cardoso: pintura, desenho, aguarela", realizada na Galeria Jornal de Notícias, Porto, de 8 de Março a 5 de Abril de 1985, com o nº 16. Inicialmente interessado pela arquitectura desloca-se a Lisboa em 1905 e no ano seguinte a Paris, onde viveria até 1914, com longas estadas de Verão em Espinho. Mas a sua apetência pelo desenho e pela caricatura, primeiro, e pela pintura, depois, cresce, e em 1909 ingressa na Académie Vitti, onde é aluno de Anglada-Camarasa. O seu convívio, inicialmente restrito ao círculo português, logo se alarga a Zuloaga e Mondigliani – a quem o une uma estreita amizade, expondo com ele em 1911 – e, em 1910–12, a Picasso, Jacob, Archipenko, Brancusi, os Delaunay, Gris, Boccioni e Severini, inserindo-se plenamente no contexto vanguardista. Durante este período várias referências começam a confluir no seu trabalho, num encontro singular que junta o folclore e a estética dos Ballets Russes, a pintura primitiva, Mondigliani, o Jugendstil, o Cubismo ou o Futurismo. Começa também a sua carreira pública integrando o Salon des Indépendants (1911, 1912 e 1914) e o X Salon d’Automne (1912) e publicando o álbum XX Dessins. Em 1913 participa na primeira grande exposição de vanguarda nos Estados Unidos, o Armory Show, e amplia as suas referências ao Expressionismo alemão, que terá um particular reflexo no seu trabalho, participando ainda no Erster Deutscher Herbstsalon, de Berlim. Em 1914, o eclodir da guerra obriga Amadeo a regressar a Manhufe. Entre o desejo adiado de voltar a Paris e os projectos sem concretização com Walter Patch e com os Delaunay – com os quais sonhara uma Corporation Nouvelle com Expositions Mouvents em Barcelona, Estocolmo e Oslo – decorrem os últimos anos do artista, prematuramente falecido em 1918. Foram anos de intenso trabalho, que resultaram numa obra determinante para a arte portuguesa do século XX. Mas também foi uma época de solidão e incompreensão, como demonstrou a reacção violenta que envolveu a sua exposição individual Abstraccionismo (Porto e Lisboa, 1916), reacção que nada, nem o apoio entusiasta do grupo futurista português conseguiu travar. Maria Jesús Ávila in website do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado / Colecção / Artistas