Leilão 213 Colecção Particular de Pintura Portuguesa - Séc. XIX e XX
18.10.21
Rua Miguel Lupi, 12 A/D . 1200-725 Lisboa Portugal

Exposições:


PORTO

WOW Porto – The World of Wine – Rua do Choupelo 39,

4400-088 Vila Nova de Gaia


Horário

Quinta-feira, 7 de Outubro, entre as 18h00 e as 20h00

Sexta-feira, 8 de Outubro, a Domingo, 10 de Outubro, entre as 14h00 e as 20h00



LISBOA

Cabral Moncada Leilões - Rua Miguel Lupi 12 D, 1200-725 Lisboa


Horário

Quarta-feira, 13 de Outubro, entre as 18h00 e as 20h00

Quinta-feira, 14 de Outubro, a Domingo, 17 de Outubro, entre as 14h00 e as 20h00

Mais detalhes
O leilão terminou

LOTE 36:

JOSÉ MALHOA - 1855-1933
"Estudos para «Basta meu Pai»"

Vendido por: €12 500
Preço inicial:
12 500
Preço estimado:
€12 500 - €18 750
Comissão da leiloeira: 24.6%
identificações:

"Estudos para «Basta meu Pai»"
JOSÉ MALHOA - 1855-1933
"Estudos para «Basta meu Pai»"
carvão sobre papel
assinado e datado de Outubro de 1907
Dim. - 57 x 47 cm
Notas: a obra "Basta, meu Pai!" encontra-se reproduzida em SALDANHA, Nuno - "José Malhoa - Catálogo Raisonné". Lisboa: Scribe, 2012, p. 156, nº CRJM/0414; e em MONTÊS, António - "Malhôa". Caldas da Rainha: Museu Provincial de José Malhoa, 1950, s.p., nº 71. Integrou a Exposição Nacional de José Malhôa, realizada no Museu José Malhoa, Caldas da Rainha, em 1950, encontrando-se referida em MONTÊS, António - "Malhôa Íntimo". Lisboa: Neogravura Limitada, 1950, p. 31. Entre 1867 e 1875 foi discípulo, na Academia de Belas-Artes de Lisboa, de Vítor Bastos, Anunciação e M. A. Lupi. Preterido por duas vezes na Bolsa de Estado para Paris abandona temporariamente a pintura até que, em 1881, a exposição do quadro A Seara Invadida em Madrid lhe granjeou apreço crítico. Como um dos fundadores do Grupo do Leão, ligou-se ao movimento Naturalista gerado então em redor de Silva Porto. Foi expositor da Sociedade Promotora de Belas-Artes (1880, 1884, 1887), do Grupo do Leão (1881 a 1889), do Grémio Artístico (1891 a 1899) e, desde 1901, foi presença regular nos salões da Sociedade Nacional de Belas-Artes (SNBA). Recebeu a Medalha de Honra (1903) e várias Primeiras Medalhas da SNBA e foi eleito seu Presidente em 1918. De 1897 a 1912 participou no Salon de Paris, onde recebeu uma Menção Honrosa em 1901 e a Legião de Honra em 1905. Obteve segundas Medalhas na Exposição Universal de Paris de 1900, nas Exposições Internacionais de Berlim (1896) e Madrid (1901) e primeiras Medalhas nas de Barcelona (1910) e Buenos Aires (1910). Recebeu Medalhas de Honra na Exposição Internacional do Rio de Janeiro (1908) e Panamá-Pacífico (S. Francisco, 1915). As suas pinturas de género, espécie de «odisseia rústica nacional» como as considerou Fialho, na sua fixação tipológica de costumes e hábitos campesinos, reconstituem o imaginário mental ruralista do Portugal Monárquico e Republicano. Apreciado por ambos os regimes como autor por excelência de um certo «portuguesismo» desprovido de convicções ideológicas, de um costumismo ensolarado e paganizante, que episódicas cenas de costumes urbanos pintadas desde os anos 20 não contaminaram, Malhoa converteu-se no mais popular dos pintores portugueses, reputação que ainda hoje mantém. Retratista também, recebeu encomendas oficiais neste género, e realizou composições históricas de pendor decorativo para o Palácio da Ajuda (1890), Assembleia Constituinte (1891), Câmara Municipal de Lisboa (1899) e Museu Militar (1907 – 08). Faleceu em Figueiró dos Vinhos, onde tinha atelier, em 1933. No ano seguinte, o Estado Novo inaugurou na sua cidade natal (que, em 1928, já o homenageara com exposição individual e estátua por Costa Mota) um Museu com o seu nome, único Museu estatal que o regime concebeu de raiz. Postumamente, foram-lhe consagradas grandes exposições retrospectivas, em 1928 (SNBA) e 1983 (SNBA e Museu José Malhoa). Rui Afonso Santos in website do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado / Colecção / Artistas